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@s alquimistas estão voltando




suposto presente momento


inicio este texto junto com o play em ‘carbono’, voltando ao jardim das horas, e a primeira faixa que surge com força e impacto ao ouvido e outros sentidos me põe a pensar que também tenho buscado saber onde é o lugar melhor pra mim, fazendo agitarem os joelhos - mesmo no assento da cadeira, não por ansiedade desta vez, mas pela vibração causada pelo som, o que é bem mais interessante e prazeroso, sem falar na reflexão sobre identidade e pertencimento, em torno da ideia de espaço físico ou astral. carbono para fogo.


sigo na experiência atmosférica conectando as sensações que o tempo me causa, quanta inspiração e questionamento este traz na existência humana, neste turbilhão de pensamentos e ocupações numa pequena grande atemporalidade na terra minúscula. passo a acessar os elementos e suas forças complementares, junto com a sonoridade inconfundível d’OJDH. a onda vai batendo, vem chegando. panaceia.


e então olho pro meu próprio olho e busco a verdade o brilho de tudo que ainda há de ver. (ouro da alma). me sinto um cidadão fustigado, indignado, tentando entender se sou mesmo parte do velho gado admirável.


página branca do silêncio. excesso de texto em torno do silenciamento anda correndo mundo ultimamente.


poucos intervalos entre um respiro e outro. palavra reencarnada no chão refletindo céu para além da esfera alcançável em compreensão racionalizada.


será que também estou descobrindo como fazer pra nossa vida ser melhor, amor?


ao menos acabo de descobrir lá no alto que o arroba pode ser uma casca de caracol e demorei pra perceber isto uma vida toda, que se confunde entre a minha própria e a da tela conectada, quando da sua invenção.




a volta ao suposto passado



retorno para o ano de dois mil e seis. atuava itinerante no livre comércio de livretos da própria autoria, carimbado por poesia maloqueirista e qual foi o impacto ao deparar-me com um ser do reino mágico, daqueles grandes, grandiosos, gigantes. gosta de poesia? gosto: quer trocar por um ep da minha banda? quero sim! prazer, caco. a chave era Laya. uma primeira troca de email, reciprocidade. depois conheci Carlos, Rapha, o time foi se apresentando. o trio me intrigava, era uma parada que envolvia na levada sensorial interplanetária, fazia a cabeça mesmo. as trocas foram se intensificando, laços estreitando, comecei a subir no palco pra falar poemas e como somaram no memorável c.a.i-mal (centro de ação in-formal), espaço de proposição do caos cultural, vulgo happening da malocália, da biblioteca ao beco... e tudo pintou, entrei no palco com essa galera massa um tempo depois para falar poesia novamente, desta vez no lançamento do álbum da banda, acho que o primeiro. e primeira vez que apresentei algo na já saudosa sala adoniran barbosa, mesmo local que conheci aquela entidade, retornando ali pra cima, ao que vendia os meus volumes de bolso do “querer falar com falta de assunto”, era noite de show da céu e ela cantava apreciando uma taça de vinho nos entremeios.


e a esta altura o presente texto já confunde tempo verbal com outras linhas do tempoespaço, um mosaico se apresenta e de novo ouço ‘carbono’, é cíclico, o início, o fim e o meio. ‘”estava no quarto e chovia, a mesma história que se repete”. hermes acena para mim mais uma vez, já conversamos outras vezes no último ano. e eventualmente nos anteriores também. chegaram, se foram, estão voltando.



(arquivo c.a.i-mal, beco da vila, dois mil e sete)





23_4

salve, jorge

contra o virulento

dragão da maldade


outono atonal

MMXXI




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